terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Hoje eu quero voltar sozinho

Muitos filmes estão sendo muito aguardados, mas essa semana uma matéria no site do jornal Diário de Pernambuco me deixou ansiosa para ver o filme "Hoje eu quero voltar sozinho" baseado no curta "Eu não quero voltar sozinho" de Daniel Ribeiro. Conta a história de Gabriel, um menino cego, que tem que aprender a lidar com o ciúme da amiga Giovanna e dos novos sentimentos despertados pelo aluno novato - que se torna amigo- Gabriel. A estreia nos cinemas está marcada para o dia 28 de março.

Confira o curta e o trailer do filme:




quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dark Girls


"Dark girls" é um documentário dirigido por Bill Duke sobre mulheres negras e o quanto sofrem. O quanto sofremos. Sim, porque sou negra e, sem drama, sofremos sim, diariamente. Ele explora profundamente os preconceito sofrido por mulheres, em todas as partes do mundo, explorando o racismo e a falta de auto estima. Nele, as mulheres compartilham suas experiencias pessoais e como passaram (e passam) por cima de tudo isso e aprenderam a se amar como são.



OBS.: Infelizmente não encontrei o filme completo disponível na internet, mas esse preview já nos deixa bastante reflexivos.
P.S.: Não utilizo esse blog para militância negra, e utilizo! (pois milito em todo lugar) para expor tudo tenha sido filmado, tudo que nos faça refletir, rever conceitos e eliminar (pre)conceitos. Porque seja na sala de cinema, seja no fazer cinema, no atuar, no dirigir, no existir, devemos sempre combater esse câncer. 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Nada Pessoal


Uma jovem (Lotte Verbeek), após uma separação dolorosa, decide mudar radicalmente de vida e partir sem rumo, em busca de silêncio e paz. Depois de algum tempo caminhando sozinha pelas paisagens da Connemara, no Oeste da Irlanda, ela acaba por encontrar uma casa isolada numa pequena ilha onde vive Martin (Stephen Rea), um homem de meia-idade que, tal como ela, cultiva a solidão e uma paixão pela natureza. Martin propõe-lhe trabalho em troca de comida e é assim que, dia após dia, sem quase necessitarem de palavras, nasce entre eles uma ligação profunda, de mútua compreensão e cumplicidade.

domingo, 29 de setembro de 2013

Reflexões (pessoais) Cinematográficas

Hoje fui no Itaú Cultural a convite de uma colega assistir uma palestra do documentarista francês Jean Luis Comolli. Não o conhecia, mas gostei muito do que ouvi: reflexões importantíssimas sobre o cinema atual que estão me fazendo pensar até agora. Assuntos que muitos discutem sempre, quase todos os dias, em  quase todas as rodas, quase todos os grupos, mas aqui tem uma reflexão completamente pessoal sobre os rumos do cinema.

A maioria das pessoas têm um celular que produzem imagens, todas elas se questionam como o cineasta se questiona: "o que devo enquadrar?", "tiro foto de todo mundo ou só de tal pessoa?", seria o "plano aberto ou fechado?". Será que isso é um problema para o cinema? Eu não acredito que seja. No surgimento do cinema até enquanto não existiam televisões, a telona realmente reinava. Então vieram os televisores, telinhas onde cabia tudo, a tempo e a hora. Agora celulares... quer mais a tempo e a hora que isso? Mas convenhamos que não faz menor sentido se sentir ameaçado por um aparelho que cabe na palma da mão. Tá, mas e quanto a novela tem aquele estilão de cinema? É, me parece o cinema ainda tem que continuar rebolando para manter seu público. Este cada vez mais exigente, uma vez que eles têm acesso ao google -rs, aos livros, artigos, e se interessam, e sabem de luz, e comentam a fotografia, e o roteiro, a atuação, e a continuidade! Não basta só contar uma história, tem que contar A história!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pernambuco no 46º Festival de Cinema de Brasília





Quando você está longe de casa e se lança a estudar cinema numa cidade enooorme, com muita gente, e muita gente boa na área como São Paulo, ouvir falar do seu Estado, da sua capital no meio cinematográfico é tão gratificante quanto produzir o filme. É maravilhoso querer fazer parte dessa arte com tanta gente talentosa. 




Ainda não assisti "Amor, plástico e barulho" de Renata Pinheiro, mas a repercussão instiga! 46º Festival de Cinema de Brasília bombou com Pernambuco!

Ficção que retrata, com liberdade poética, um triângulo amoroso entre artistas do universo do brega contemporâneo recifense.

Levando os prêmios de melhor atriz (Maeve Jinkings), melhor atriz coadjuvante (Nash Laila) e melhor direção de arte (Dani Vilela), o primeiro longa da cineasta consolidou mais uma vez sua história em festivais e a qualidade do cinema pernambucano.

Maeve também atuou no filme "O Som ao redor" de Kleber Mendonça Filho, o indicado brasileiro ao Oscar de 2014.


Voltando ao Festival de Brasília, mais dois filmes pernambucanos receberam prêmios. "O mestre e o divino" de Thiago Campos levou três Candangos na categoria longa documentário de melhor filme, melhor montagem (Amandine Goisbault) e melhor trilha sonora. E, por ultimo, e não menos importante, o curta "Au Revoir" de Milena Times ganhou prêmio de melhor atriz (Rita Carelli) e melhor direção de arte (Thales Junqueira) na categoria curta de ficção.

Não tem como não ficar feliz! 



"Chupa que é de uva" ;)





Fonte: Jornal Diário de Pernambuco

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Exercício de iluminação


Aula com a fofíssima Kátia Coelho. A ideia era chegar o mais próximo da imagem escolhida. Escolhemos a pintura de Rembrandt abaixo porque achamos difícil e fazer o difícil é mais instigante e mais proveitoso para aprender.




E a "reprodução":




Méliès e a Viagem à Lua

Mágico profissional, George Méliès viu no cinematógrafo (como o cinema era chamado) a possibilidade de aprimorar seus truques. Entre 1896 e 1914 ele produziu 503 filmes que evoluíram de temáticas ao ar livre, como a maioria dos cineastas da época, para temáticas fantásticas com inovadoras técnicas de filmagens. Com efeitos especiais, "descoberto" por ele (embora Thomas Edison já tivesse feito, foi Méliès quem aprimorou seu potencial narrativo) como fazer alguém desaparecer e aparecer de novo, efeito que se conseguia desligando e religando a câmera. 
Em março de 1837, inaugurou a primeira produtora cinematográfica. No estúdio Star Film, em Montreuil, ele testou diversos efeitos especiais.
Efeitos especiais testados, chegou a hora de por à prova. O filme obra-prima do francês Viagem à Lua (1902) foi a consolidação da geniosidade de Méliès. Trata-se de um grupo de pessoas que viajam até a lua, encaram seres lunáticos e voltam heróis a Terra; com efeito transição de cena e os adoráveis efeitos especiais, e diga-se de passagem eram realmente especiais para a época. Foi um dos primeiros filmes de ficção científica que se têm registro, e muitos pesquisadores consideram o filme a primeira animação da história por ter algumas cenas animadas. Além disso, ele assinou os primeiros filmes coloridos; com anilina diluída em água, pintou muitos trabalhos, fotograma por fotograma, à mão.
George Méliès era um visionário e tinha tudo pra ficar rico e reconhecido, não só na França, mas no mundo inteiro se não fossem os assessores de Thomas Edison que fizeram cópias ilegais e levaram para os EUA. Edison ficou rico e famoso e o francês foi à falência. Foi triste o fim.
Só não foi tão triste para nós que, apesar de muitos dos trabalhos terem sido perdidos durante os anos, Viagem à Lua ainda está ai para apreciarmos. E em 2002, completando cem anos, uma cópia foi descoberta na França, uma versão mais completa e colorida! O filme foi restaurado e exibido com uma nova trilha sonora.  

Viagem à Lua (preto e branco):


Versão colorida:






Fonte: Livro Arte em movimento - a fotografia no cinema; e Jeorge Pereira (que deu show na sua publicação sobre Méliès, e eu me inspirei)

:)